Cosplay cria identificação com personagens fictícios

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Beatriz Oliveira (redatora); Giovana Cunha (editora); Murilo Oichi (produtor), especial para Escola de Comunicação
22/09/2023 às 16h

Guilherme Wada relata sua experiência como artista de cosplay (Foto: Cedida/Guilherme Wada)

Você sabe o que é cosplay? De acordo com o portal Cosplace, é uma arte que começou a se manifestar nos anos 1970 e 1980 nos Estados Unidos e no Japão. Tornou-se mais conhecida por volta dos anos 1990. Baseia-se em se fantasiar e interpretar um determinado personagem de game, quadrinhos, mangás, animes, filmes, séries, ou até mesmo artistas e figuras históricas.  

“Eu comecei a me interessar a 5 anos atrás, quando fiz meu primeiro cosplay para ir em um evento de anime aqui da cidade. A personagem foi a Alice de um jogo chamado Alice Madness Returns. Alice no País das Maravilhas sempre foi um filme que me conquistou muito, então quando eu soube desse jogo, onde é a versão mais ‘”distorcida”’ do enredo do filme, eu sabia que teria que fazer este cosplay”, lembra a estudante de Publicidade e Propaganda, Anne Beatriz de Assis

Já para o publicitário, Guilherme Wada, o interesse começou quando criança: “Acho que desde pequeno sempre quis me fantasiar dos personagens que eu via na televisão por eles serem fortes e corajosos. Um dos primeiros por presentes que eu escolhi, segundo o meu pai, foi uma armadura de brinquedo dos Cavaleiros dos Zodíacos”. 

Ao contrário do que pode parecer, fazer cosplay não é apenas um hobby ou um passatempo, mas é um modo de fazer arte e de se expressar por meio do personagem.

 “Quando eu faço um cosplay é um modo de expressar um gosto particular, seja ele por um personagem, um jogo, um anime ou um filme. É ser aquilo que foi especial pra você por umas horas e que de alguma forma te representa.”, destaca Anne. 

Anne Beatriz de Assis comenta como é estar na pele de um personagem (Foto: Cedida/ Anne Beatriz de Assis)

Essa prática tem até conquistado alguns eventos pelo Brasil, proporcionando os encontros de cosplayers e a apreciação do público que gosta dos personagens. Guilherme, além de sempre estar presente nestes encontros, já chegou a ganhar o 1° lugar do Geek Fest de 2022, onde interpretou o seu personagem favorito. 

“O meu personagem favorito é o Jack Estripador de Records of Ragnarok. É bizarro, porque quando eu vi o Jack eu já simpatizei muito com o personagem. Na hora eu já sabia que eu queria fazer o cosplay dele por conta da presença que ele passava e pelo jeito inteligente que ele lutava na série contra um oponente muito maior e mais forte que ele”, conta Guilherme. 

POR QUÊ?

Mas, afinal, o que leva as pessoas a fazerem cosplay? A psicóloga Márcia Vieira da Silva, explica que o interesse por esta arte pode vir desde um sentimento de fuga da realidade até a necessidade de se autoconhecer e pertencer a um grupo. 

“Essa prática permite que o sujeito sinta a sensação de pertencimento a um grupo no qual ele se identifica, trazendo inúmeros pontos positivos, como autoaceitação, empoderamento, desenvolvimento profissional e pessoal, e amplia habilidades diversas”, completa Márcia.

MEDO DO JULGAMENTO 

“Muitas pessoas em eventos são maldosas e comparam personagens com o cosplay à risca, e não é bem assim. Cosplay é um tipo de arte, em que você está criando a sua interpretação de determinado personagem, logo você nunca vai estar idêntico e nem precisa. O importante é você se sentir bem com o cosplay e gostar do personagem, então não existem barreiras de etnia, cor, altura, gênero; então faça o cosplay dos personagens que você curta e não ligue pra opinião alheia, se divirta,” defende Guilherme. 

“Fazer cosplay é simplesmente maravilhoso, acho que quem tem vontade de começar não pode perder tempo, não ligue para as críticas ou olhares diferentes. Faça o que você gosta, o que te deixa bem e confortável”, completa Anne. 

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