De uma brincadeira entre professores e aluno ao sucesso com os universitários

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João Pedro Roque e Vinicius Garcia, Especial para a Escola de Comunicação
15/06/2022 às 12h

Segundo os integrantes da Média 7, os shows realizados no “Limoeiro” e “César Cava” ficaram marcados na história da banda (foto: Cedida/Renato Pandur)

Nas décadas de 1980 e 1990, muitos adolescentes sonhavam em formar uma banda de rock, pois as músicas faziam parte da cultura pop, eram muito tocadas nas rádios e as fitas cassetes faziam enorme sucesso. Pela necessidade do jovem se expressar, o espírito rebelde do rock acabou se tornando uma válvula de escape para essa galera mais nova. A história não foi diferente para um grupo de professores e alunos que, a partir desse cenário, tiveram o sonho de criar uma banda de rock. Depois de muitos acontecimentos e ideias, surgia a Média 7.

“Num churrasco de dezembro de 2015, eu e o Matheus pegamos o violão e ficamos lá tocando. A gente falou: ‘meu, a gente podia fazer uma banda para tocar nos eventos da faculdade, uma brincadeira, cara’”, lembra o professor da Escola de Comunicação e Estratégias Digitais da Unoeste, Renato Pandur Maria, um dos criadores da Média 7.

Nesse momento, a banda dava o seu start e a ideia começou a ser desenhada, mas somente em 2016, com a chegada da Semana de Comunicação da Facopp (hoje Escola de Comunicação), que o projeto se tornou realidade.

 “Em maio de 2016, teve esse evento e tínhamos um professor que tocava gaita [Rogério Silva], um que tocava teclado [Everton Tomiazzi], eu tocava baixo, o Matheus [Monteiro] tocava guitarra, o Mancuzo [Roberto] tocava violão e, cara, só tava faltando um ‘batera’. Pegamos um aluno que tocava bateria [João Medeiros] e formamos uma banda para tocar nesse evento de abertura. Foi o maior sucesso, a galera toda curtiu pra caramba”, recorda Pandur.

“Na formação da Média 7, um tocava contrabaixo, outro tocava violão, outro tocava gaita e cantava e aí a gente acabou utilizando desse algo em comum e montamos a banda”, afirma o professor de Publicidade, Matheus Monteiro, ex-integrante e um dos fundadores da banda.

Depois de enorme sucesso entre alunos e professores e terem tocado em diversos festivais e eventos da Facopp, a Média 7 criou asas e decolou para outros mundos que a banda ainda não conhecia e era pouco conhecida. Contudo, o poder da música superou tudo e quebrou muitas barreiras.

Em 2019 a banda resolveu inovar e fez um show fantasiados, que ficou marcado para o grupo (foto: Cedida/Renato Pandur) 

“A gente se apresentou muito em 2019, tocou mais fora. Na Jornada de Enfermagem foi muito legal, tipo, um público que a gente não conhecia nada e os caras dançaram, pularam que nem louco lá no César Cava. A gente tocou em um festival em Osvaldo Cruz, em uma boate. Foi na New York, foi a única banda de rock que tocou lá,  foi massa, foi bem eclético. Nesse show, em especial, foi bem legal, porque era época Halloween e foi todo mundo fantasiado de monstro, bruxa, diaba. Foi legal pra caramba”, contou Pandur.

O ano de 2019 foi o apogeu, a banda conseguiu romper as fronteiras da Facopp e levar som para outros diversos palcos, em cursos da própria Unoeste, e também em muitos outros eventos fora da universidade. As expectativas foram superadas e os planos para 2020 eram os melhores, porém o coronavírus chegou e os planos iniciais foram interrompidos. Contudo,  a vontade de tocar fez a Média 7 se adaptar e arranjar uma maneira de continuar produzindo.

“A gente estava com quatro músicas, começando a ensaiar, falei 2020 é o nosso ano, mas aí ferrou [por causa da pandemia]. Só que foi legal, a gente ainda fez na pandemia uma dessas músicas, a gente gravou, cada um na sua casa, eu mixei, uma mixagem bem fuleira, mas gravamos a música e fizemos um cover”, comenta Renato.

Histórias e perrengues

No decorrer da estrada o que fica registrado são as histórias e as experiências vivenciadas por professores e amigos. Foram muitas aventuras que cada um guardou consigo, como grandes shows, dificuldades de qualquer banda iniciante e diversos perrengues.

“O Pandur tocava baixo, eu fui brincar com o baixo dele e todo músico é meio ciumento com o instrumento. O Pandur era ciumento, aí eu comecei a passar um som e o Pandur foi lá e enfiou o amplificador dele no 220 e queimou o fusível. Daí ele: ‘meu Deus do céu, Matheus, você queimou o meu amplificador’ .Eu falei: ‘não, cara, você que foi lá e colocou no lugar errado, colocou no 220’”, relembra Matheus. Segundo os ex-integrantes, a Média 7 representa amizade entre os professores que perduram até hoje.

Referências e influências

Como todo início de uma banda, ela possui diversas referências e influências, desde a maneira de tocar os instrumentos até como se comportar no palco. A Média 7 não teve uma banda ou um grupo específico, pois cada integrante era influenciado por bandas e músicos diferentes.

“Eu tenho de referência Legião Urbana, que é o que eu gosto, o que eu entendo de música é pelo repertório da Legião. O Dado Villa-Lobos é um cara que eu curto muito, no sentido dele tocar, dele fazer um som que eu gosto. Mas eu não sou músico, então eu tenho que dizer que sou um esforçado”, relata o professor Roberto Mancuzo, que foi integrante da banda desde a sua fundação até o ano de 2018. 

Matheus, que também fez parte do grupo, tem as suas influências diversificadas, de cantores, bandas e artistas brasileiros. “Partindo de Tom Jobim, Toquinho, Vinicius de Moraes, João Gilberto, passando até pelas grandes bandas de rock nacional, como, Titãs, Blitz, Ultraje a Rigor, Ira! e na minha adolescência eu gostei muito de reggae”, acrescenta o professor.

Mesmo sem estar nos palcos desde 2019, a banda vem realizando muitos ensaios para sua volta (foto: Cedida/Renato Pandur)

Atualidade e futuro

Depois de praticamente dois anos sem se apresentar em público, a Média 7 voltará aos palcos em 2022, apresentando  projetos mais complexos, como o lançamento de um EP nomeado com o próprio nome da banda, “Média 7”. A obra irá contar com dois singles, “Algures na Cidade – Lyric Vídeo” e “Memórias – Lyric Video”. As duas faixas você já pode ouvir, pois estão disponíveis nas plataformas digitais do Youtube e Spotify. 

  Da primeira formação, continuam na banda os Professores Renato Pandur e Rogério Silva (Foto: Cedida/Renato Pandur)

Hoje a banda conta com uma nova formação de integrantes, Rogério Silva que é vocalista e gaitista; Ana Lisack, vocalista; Murilo Hernandes, guitarrista; Alana Toledo, guitarrista; e o Marcel Sachetti que é o baterista da banda. “É a nossa melhor formação que a gente conseguiu encaixar”, declara Pandur.

Em agosto eles retornam em um palco muito especial. FIquem ligados! Para ir aquecendo, curta o lyric video da segunda canção autoral da banda: Memórias.

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