Rayane Pedroso e Vinícius Antunes
14/03/2022 às 15h45

Em consideração ao dia Internacional da Mulher, a biblioteca do Campus II organizou um encontro na última sexta-feira (11/03) para discutir sobre o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) das jornalistas formadas em 2021 pela Escola de Comunicação e Estratégias Digitais da Unoeste, Bárbara Munhoz, Izabelly Fernandes e Melissa Andrade. O e-book intitulado “Margaridas: o florescer das mulheres no jornalismo” retrata os desafios enfrentados por elas nas redações do Oeste Paulista, como assédio, racismo, desigualdade e pressões diárias. Para isso, contam as histórias de seis profissionais: Amanda Simões, Cássia Motta, Heloise Hamada, Luci Castro, Paula Sieplin e Tatiane Ferreira.
O evento iniciou com a fala da coordenadora da rede de bibliotecas da universidade, Regina Silingovschi. Ela explica que a equipe pretende organizar diferentes reflexões como esta ao longo do ano, referente às datas comemorativas. Para Regina, os encontros contribuem tanto para quem se dispõe a ouvir e participar do bate-papo como para a própria organização da biblioteca, como uma forma de apresentar o ambiente e acolher os alunos.
Aberto ao público, o encontro contou com a presença de alunos de diferentes cursos, profissionais e ex-alunos da universidade. A estudante Bruna Teixeira Souza, do 1º termo de Pedagogia, afirma que gostou muito do encontro e que ver mulheres debatendo esse assunto tornou o momento cativante.
As jornalistas autoras do livro também ficaram felizes com o convite. Bárbara comenta que é gratificante ver todo o esforço, os estudos, pesquisas e dedicação de um ano de trabalho, serem reconhecidos dessa forma.
Izabelly conta que toda sua perspectiva como profissional e como mulher tem dois lados: antes e depois do “Margaridas”. “Eu passei a identificar situações pequenas, que podem passar despercebidas, acontecendo comigo mesma e com outras pessoas”. Já Melissa explica que o objetivo do trabalho sempre foi causar mudanças e gerar empatia, tanto que, de forma descontraída, fala que não descarta a possibilidade de um “Margaridas 2”.
Na ocasião, foi lido um trecho do livro pela aluna do 5º termo de Jornalismo Ágata Vieira. A estudante afirma que a obra proporciona uma leitura prazerosa e que apresenta histórias emocionantes de forma leve. “Há momentos em que você se sente revoltada por saber que, em pleno século 21, mulheres são submetidas a essas situações. O livro nos faz ver que essa é uma realidade próxima e não pode ser banalizada”, relata.
O coordenador da Escola de Comunicação e Estratégias Digitais da Unoeste, Tchiago Inague, acredita que o trabalho representa o lema da entidade, pois possui embasamento teórico de forma sensível. “É um trabalho de qualidade e excelência que repercute em suas inúmeras áreas, ratificando o que vemos sobre os TCCs de Jornalismo da Unoeste”, declara.
Já a professora e orientadora do trabalho, Fabiana Alves, sente-se muito orgulhosa em ver as alunas falando do assunto com tanta propriedade e reforça que o intuito a partir de agora é que o livro alcance mais espaço, continue contribuindo de forma social e acadêmica. “O TCC já cumpriu o seu papel, o que elas estão fazendo é além, é comprometimento com a causa”, defende.