07/06/2018 às 16:42 – Atualizado em: 14/06/2018 às 20:43
Larissa Biassoti
Foto cedida
Quatro ex-alunos da Facopp apresentam projetos no Intercom Júnior e Expocom
Os egressos da Facopp marcam presença em diversos eventos da universidade, seja no Colóquio à Semana de Comunicação, mas agora chegou a vez de irem para longe, mais especificamente para Belo Horizonte, na 23ª edição do Congresso de Ciências da Comunicação da Região Sudeste, o Intercom Sudeste 2018 que ocorre de 7 a 9 junho.
Diversos estudantes, professores e pesquisadores aproveitam o momento para apresentarem projetos desenvolvimento dentro da área de Comunicação Social com diversas perspectivas e categorias. Além das discussões, durante o evento há também a Exposição de Pesquisa Experimental em Comunicação, Expocom, em que é feita a premiação para os melhores trabalhos.
De Presidente Prudente para São Paulo, da capital a Minas Gerais, os ex-alunos de Jornalismo, Marlene Reverte, Weverson Nascimento, Anne Abe e Stephanee Melo percorreram 940,2 km para representar o nosso curso.
A docente Thaisa Bacco orientou os alunos durante todo o processo de cadastramento dos trabalhos e fala que nas apresentações nenhum professor se envolve. “Aqueles que estão lá passaram por várias avaliações, os estudantes desenvolvem tudo, nós damos o apoio. Essa participação é tipo uma coroação mesmo da trajetória acadêmica deles e o legal é que a gente vê como o aluno se formou realmente.”
Além de caminharem sozinhos, Thaisa fala que o congresso por ser o maior da América Latina tem uma programação extensa, com minicursos, palestras, sessões de diversos projetos, o que possibilita o discente criar vínculos com novos colegas de profissão e adquirir mais conhecimentos sobre o jornalismo.
“A cada sessão que você assiste de trabalho você tem acesso a referências que não conhecia, fora que no Expocom, por exemplo, na premiação só estão os melhores, você só vê projetos de excelência. Tudo que é apresentado tem um diferencial, eles gostam de ideias inovadoras e também voltadas à questão social e humana, já que está se perdendo muito devido a tecnologia”, afirma Thaisa.
PARTICIPAÇÃO
As categorias das quais a Facopp concorre no Expocom são Livro-reportagem, apresentados com o trabalho Altino – o repórter do interior de Anne Abe e Stephanee Melo orientadas pela professora Fabiana Alves, e Documentário Jornalístico e Grande Reportagem em Vídeo e Televisão com Sonhos de Maio de Weverson Nascimento com a orientação da discente Thaisa Bacco. Por fim, no Intercom Júnior, na sessão de Comunicação Audiovisual, Marlene Reverte apresentou seu projeto científico, orientado pela professora Maria Luisa Hoffmann, Evgen Bavcar: técnicas fotográficas do não olhar.
Marlene conta que participar de um congresso grande como este é uma oportunidade em dois sentidos, de adquirir ainda mais conhecimento e também fazer a publicação do seu artigo, já que apenas o resumo havia sido oficializado.
“A minha apresentação foi aqui dentro da universidade, eu não tinha levado para fora e sempre foi uma vontade, fora que é a minha última chance, porque como eu me formei o ano passado apresentar o projeto depois não teria como”, comenta.
Realizar trabalhos além dos já propostos na graduação é uma maneira de se desenvolver ainda mais como profissional e também como pessoa, segundo Marlene.
“Eu consegui incluir pessoas com deficiência visual dentro da fotografia, no ano em que eu comecei a pesquisar calhou de entrar duas alunas de jornalismo que tinham a deficiência, nós fizemos workshop com elas e com mais dois estudantes da Unoeste, fizemos exposição das fotos registradas por eles. Foi um desafio e também um crescimento como cidadã”, completa.
Já a egressa Anne Abe fala que o forte do trabalho desenvolvido é a apuração, já que passaram cerca de um ano colhendo informações entre entrevistas e jornais para compor o livro-reportagem sobre a vida do jornalista Altino Correia.
“A gente vê como o jornalismo é em outras regiões, temos contato com profissionais da área. Já ficamos muito felizes por ter ficado entre os cinco melhores classificados e, claro, esperamos passar para a etapa nacional.” comenta Anne com a sua visão de que o evento é uma vitrine, pois há diversas apresentações sendo mostradas, além de enriquecer currículo, agregar em conteúdo e fazer networking.
Weverson Nascimento diz que dedicação não faltou para participar do Expocom, em que reformulou o projeto para se encaixar nos padrões do evento e já comemora por estar entre os cinco finalistas.
“Eu coloquei muitas expectativas em Sonhos de Maio, desde quando ele ainda estava no papel, então ver onde ele chegou hoje é de grande valia, tanto que profissionalmente está me proporcionando frutos, a Unoeste onde faço pós-graduação ao saber da minha participação no Congresso me convidou para participar de um projeto documental deles”, acrescenta.
EXPECTATIVA
“Foram tantas emoções que parecia que o dia não chegaria nunca e agora que ele chegou eu estou bastante ansiosa”, fala Marlene entre risos, porque, segundo ela, tudo aconteceu durante o tempo de fazer a viagem e o medo era de não dar certo ou de ser cancelado. “Ai meu Deus, eu pensava, não pode dar errado, mas agora é a minha vez, eu vou!”, conta.
Weverson Nascimento se mostra agradecido por fazer parte do congresso. “Bom, eu espero trazer este prêmio para Facopp e minha orientadora Thaisa que merece toda honra neste documentário. Ela nos auxiliou com uma orientação pontual em todas as decisões, sempre próxima do que estávamos produzindo, ou seja, a importância de uma doutora, professora e amiga.”
E pelo visto a professora Thaisa não quer perder nenhum momento. “A gente já pediu para eles irem mandando mensagens, fotos e tentar até mesmo fazer uma live das apresentações pra gente ver daqui”, fala.