Ensino remoto: como os alunos se comportam durante as aulas a distância?

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25/05/21 às 19h09
Alessandra Aoqui, Leticia Ferdinando e Thamires Fernandes, especial para Escola de Comunicação

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Manter a concentração e a disciplina durante as aulas online tem sido o maior desafio dos estudantes (Foto: Leticia Ferdinando)

Tanto os alunos quanto os professores da Escola de Comunicação e Estratégas Digitiais da Unoeste, há mais de um ano, estão encarando um novo desafio: ensino remoto. Desde o início da pandemia da Covid-19, as aulas passaram a ser online e, com isso, vários comportamentos precisaram mudar.

Há uma série de fatores que podem interferir nas aulas remotas, como por exemplo, a abertura da câmera durante as aulas, falar pelo microfone, ter acesso à internet, encontrar um lugar silencioso para se concentrar, entre outros.

Opiniões dos professores

Para o professor Tchiago Inague Rodrigues, o comportamento vai tanto do esforço dos professores quanto dos alunos e esse método remoto foi a alternativa adotada para que a educação pudesse continuar.

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“Quando é 100% remota, eu opto em elaborar aulas em que explorem recursos do audiovisual para que o aluno fique bem mais atento e mais fácil de entender”, garante Tchiago (Foto: Cedida/Tchiago Inague)

“Quando um aluno não abre a câmera para o professor é complicado, porque você já não está na presencialidade. Então, você não consegue perceber ao falar se o aluno está entendendo, compreendendo pelas ações, as expressões que ele faz e que poderia gerar dúvidas”, comenta o professor.

Além disso, Tchiago destaca que não se deve pensar apenas no docente, mas também nos discentes. “Às vezes o aluno não quer abrir a câmera porque ele está assistindo na mesa de refeição ou ele pode estar em um lugar que não se sinta confortável, de vez em quando envolve vergonha de aparecer na câmera e etc.”

Segundo o professor, seu maior medo é a conexão online, pois, se a internet do professor não estiver boa, compromete todos os alunos. “Meu maior desafio sinceramente é lidar com a conectividade, uma vez que ela pode falhar. Quando a conexão cai, eu abro meu celular e uso o 4G para continuar ou terminar a aula”, pontua.

Já a professora de Redação Jornalística e Mídia Regional, Giselle Tomé, opina que a falta de interação do aluno, sem a abertura da câmera, deixa os professores com a sensação de não saber se estão mesmo prestando atenção.

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“A gente procura sempre estar estimulando, conversando, chamando os alunos, para que se sintam participantes e envolvidos”, assegura Giselle (Foto: Cedida/Giselle Tomé)

“Eu respeito, entendo que às vezes é difícil. O aluno pode estar em um ambiente que fica complicado para ele abrir a câmera. Mas acho que é legal, sempre que possível, abrir a câmera para não perder esse contato e o professor poder ver o aluno, saber que ele está ali presente”, confessa Giselle.

Ela relata que a maior diferença entre as aulas presenciais e remotas é a falta de proximidade entre alunos e professores. “A gente vê que é possível, funciona, mas acho que o contato nos aproxima, ajuda. Por isso é importante chamar o aluno, fazer com que ele se sinta participativo o tempo todo.”

E o aluno? Como se sente?

A estudante do 7º termo de Jornalismo, Heloísa Lupatini, destaca que a maior dificuldade enfrentada por ela durante as aulas remotas é a distração encontrada estando em casa, uma vez que no ensino presencial manter-se atenta é muito mais fácil.

“Manter a concentração é o meu maior desafio, eu moro sozinha então não tem distração de outras pessoas, mas ainda assim é complicado, fora que querendo ou não quando estava na sala de aula não olhava o celular, o WhatsApp Web chegando notificação, no online não se distrair é um desafio”, considera a aluna.

Heloísa pontua também que a dinâmica do professor é algo que influencia bastante na maneira com que o aluno se mantém concentrado e participativo nas aulas. Ela pontua que se sente mais atenta quando o professor traz aulas teóricas em diferentes formatos, para que não se torne algo cansativo. “Uma dinâmica que em minha opinião ajuda a deixar as aulas mais leves, é o professor inserir histórias que viveram no mercado de trabalho junto ao conteúdo ou então pedir nossa opinião pessoal sobre algo relacionado ao tema da aula.”


A visão de uma pedagoga

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“Com as aulas presenciais é possível ter acesso diretamente ao aluno e no decorrer da aula conseguimos realizar as intervenções necessárias que o aluno precisa, por isso a câmera aberta durante as aulas remotas facilita para o professor”, explica Bruna (Foto: Cedida/ Bruna da Silva)

A pedagoga Bruna da Silva conta que os alunos têm-se demonstrado impacientes durante o processo de aprendizagem, querendo realizar as atividades o mais rápido possível para saírem logo da aula. “Os alunos demonstram não terem paciência de esperar os comandos, já chegam perguntando o que vamos fazer, quais atividades serão realizadas no dia. De modo geral, apresentam uma ansiedade e impaciência muito grande”, destaca.

De acordo com Bruna, para que as aulas ocorram bem, é necessário estar em um ambiente com o mínimo de barulho externo, pois assim é possível evitar as distrações e favorecer o aprendizado. Além disso, saber utilizar as ferramentas como microfone e chat, evita o uso indevido na hora da explicação, o que também pode tirar a atenção de algum colega ou do próprio aluno.

Bruna acredita que a câmera aberta durante as aulas faz toda diferença. “Com a câmera aberta eu consigo olhar aquilo que o aluno está fazendo, se ele está precisando de ajuda ou se tem alguém o ajudando a realizar uma atividade.”

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