Facopp recebe palestra sobre divulgação científica no Youtube

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25/10/2019 às 11:21
Daniel Alvarez e Luana Souza

Em alguns momentos do bate-papo, André conversou consigo mesmo em uma divertida interação com um vídeo exibido no projetor (Foto: Marlene Reverte)

No terceiro dia de apresentações do Enepe 2019 (Encontro Nacional de Pesquisa e Extensão), a Unoeste recebeu o Professor Doutor André Azevedo Fonseca para uma palestra que abordou como tema “Divulgação científica no Youtube: A criatividade contra a pseudociência”. O bate-papo foi realizado no auditório Buriti e se estendeu das 19h às 21h30.

Com um linguajar simples e descontraído, André conquistou os presentes que variavam entre estudantes e docentes dos cursos de Artes Visuais, Design, Jornalismo, Fotografia, Publicidade e Propaganda, entre outros.

Segundo o professor, a ideia da palestra era instigar os presentes a criar e pensar seu próprio conteúdo, além de desenvolver uma visão crítica do que é visto nas mídias sociais. “Quero inspirá-los, no sentido de provocá-los, para que criem seus próprios conteúdos e enfrentem as redes sociais, mesmo sabendo que é um ambiente difícil, mas a partir de alguns truques é possível criar de forma muito interessante”.

Durante a discussão, o palestrante chegou a falar consigo mesmo em uma divertida interação com um vídeo produzido previamente e exibido no projetor. Isso tudo, graças a sua experiência com edição de vídeos, já que ele tem seu próprio canal de divulgação científica no Youtube.

Para chegar até o tema central do bate-papo, foi necessária uma viagem pelo tempo para explicar o surgimento dos mitos tecnológicos e como eles se transformaram com a evolução humana. Em um passado não tão distante, as pessoas temiam e demonizavam a tecnologia, que na visão antiga só trazia guerras e destruição ao planeta. Como referência disso, o palestrante citou os personagens HAL, do filme “2001: Uma Odisseia no Espaço” e Big Brother, do livro 1984.

Para que essa visão fosse mudada, fez-se necessário então uma inversão desses valores, isso ocorre por meio da mídia. Uma visão positiva do futuro dos avanços tecnológicos é criada pela animação “Os Jetsons”, e a temida voz de HAL é substituída pelas carismáticas vozes da Siri e da assistente do Google.

Visto que a tecnologia já caiu nas graças da população e apenas uma pequena taxa a vê como uma coisa ruim, André enxergou nisso uma oportunidade de utilizar os avanços positivamente: divulgando ciência. Porém, como nada é tão simples quanto parece, o professor explica que teve que dedicar uma boa de seu tempo para aprender as linguagens que atraem dentro do Youtube.

Para quem quer iniciar seu próprio canal de divulgação científica na plataforma, assim como ele fez, o Azevedo dá uma dica: “Comece a fazer! O que não pode acontecer é ficar só no planejamento e nunca pôr em prática. Claro que o ideal é se planejar, para que o roteiro fique adequado e as informações fiquem corretas”.

OS HATERS

Em seu canal do Youtube, André enfrenta alguns problemas, o principal são os haters. Apesar de tudo, ele revela que sabe lidar muito bem com isso, fez até um vídeo musical dedicado aos que atacam seu canal.

Embora comentem coisas negativas no canal do professor, os haters acabam propagando de forma indireta o conteúdo produzido por ele. Isso porque os algoritmos da plataforma de vídeos visam somente a interação, seja ela negativa ou não.

Como tudo tem seu lado positivo, Azevedo conta que o uso da plataforma o possibilita trabalhar diversas linguagens de mídia. “Uma estratégia inteligente de divulgação científica é o uso de multimídia. É legal fazer um vídeo, aproveitar o roteiro do vídeo para fazer um artigo, do artigo fazer um podcast aí com o podcast fazer outra coisa, acho legal exercitar isso”.

VISÃO DOS OUVINTES

Douglas Barbosa, aluno do 4º termo de Artes visuais, acompanhou a palestra e conta ter se surpreendido com a parte em que André conversou com si mesmo pelo vídeo. Outro ponto que chamou a atenção do graduando foram as possibilidades que o professor apresentou de passar conhecimento com o uso da tecnologia.

Além disso, o estudante conta que, por estar cursando uma licenciatura, o bate-papo o beneficiou em vários pontos. “Muito do que ele trouxe eu acho que conseguirei utilizar em sala de aula. A forma de conversar com os alunos, a forma como levar a ciência de uma maneira mais acessível para os alunos. Me trouxe uma informação nesse sentido de facilitar o acesso, na forma de pensar comunicar e usando a tecnologia”.

Pamela Lourenço, aluna do 4º termo de Jornalismo, também estava presente na troca de ideias. Sobre as discussões levantadas, ela afirma ter visto em André uma inspiração na produção de conteúdo e na resistência contra os haters.

Já sobre a criatividade e a abordagem de Azevedo ao ensinar, Pamela conta que encara como um diferencial, já que os conteúdos científicos do Youtube geralmente vêm em um formato mais sério e rígido. “Ele mostrou que não precisa ser necessariamente engessado. A forma que ele produz o conteúdo dele é muito interativa e aproxima mais o público que está assistindo.”

Confira abaixo o vídeo que mais recebeu hate no canal do professor.

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