Histórias e perrengues unem comunicadores por paixão pela música

Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no whatsapp
Compartilhar no email

Beatriz Zoccoler (editora), Júlia Guimarães (produtora) e Rodrigo Marinelli (repórter), especial para Escola de Comunicação
06/10/2023 às 14h

João Rock de 2022, em Ribeirão Preto (SP), teve Titãs, Djonga, Planet Hemp, Pitty e mais  (Foto: Guilherme Oliveira Pironi)

Até onde a música pode levar uma pessoa? Aliás, milhares de pessoas? Algumas têm artistas favoritos, que marcaram e ainda marcam as suas vidas, já outras preferem viver o momento que só a atmosfera de um festival pode oferecer.

O professor da Escola de Design e da Escola de Comunicação, Guilherme Oliveira Pironi, frequenta o João Rock, todos os anos, desde 2016. São seis edições consecutivas (se isso não é paixão pelo mesmo rolê, eu não sei o que é) viajando a Ribeirão Preto com amigos e namorada. 

Guilherme explicou à reportagem que o João Rock é um festival “razoavelmente barato”, se comparado aos internacionais. Ele vai de carro para a cidade, onde tem amigos e conhecidos, ou seja, sempre tem onde ficar.

Como todo rolê marcante, é claro que, nesses seis anos, ele já passou por alguns perrengues…

“Foi mais um susto, no festival de 2019. A gente estava caminhando pra sair pelo portão por onde havíamos entrado no festival, só que estava fechado. Imagina uma horda de 10 mil pessoas indo em uma direção para se deparar com um portão fechado. As pessoas da frente começaram a tentar voltar, mas as outras estavam indo em direção ao portão. A galera começou a se esmagar. Foi levemente desesperador”.

Guilherme Pironi, ao lado da namorada Maria Victoria, no João Rock de 2022

Agora, imagina ser obrigado a ouvir uma banda que você não curte. O professor contou que, no ano passado, em 2022, o segundo “perrengue” aconteceu quando ele tentava ir à área central do festival, onde ficam pistas de skate (sim, pistas de skate durante os shows).

“Começou o show da Lagum [que Guilherme não é muito chegado], bem quando estávamos passando pela frente do palco. Conclusão: a gente ficou preso e foi obrigado a ver metade do show até conseguir sair”, brincou com a situação.

Amor de fã 

Há quem possua uma grande coletânea de shows como o Ramon Diniz, egresso do curso de Jornalismo da Escola de Comunicação. Ele já foi a apresentações internacionais e nacionais, mas, de todos eles, há um que faz seu coração bater mais forte. 

“Eu sou super fã da Katy, ela é minha diva máster. Por isso, o show que mais me marcou foi o dela. Sempre sonhei com o momento de estar vendo ela de pertinho. Foi um baque tremendo de felicidade, um choque muito grande de estar realizando o meu sonho”, conta.

“As lembranças parecem que foram um sonho”, disse o KatyCat – nome do fandom da cantora (Foto acervo pessoal/ Ramon Diniz)

A paixão de Ramon pela cantora iniciou entre os anos de 2010 e 2011, quando Katy Perry lançava o álbum Teenage Dream, que também foi o álbum de maior sucesso da artista e com muitos hits emplacados. Assim, ele passou a acompanhar os clipes pelo Youtube e pelo canal da MTV, onde trocava clipes  com uma amiga pelo antigo MSN (quem lembra?) e conversava a manhã toda antes de ir para a escola. 

Esse carinho e o desejo de estar pertinho da cantora se tornou um sonho que virou realidade. Aos 16 anos, a aventura começou antes mesmo de ir para o show em São Paulo, onde, num grupo de Facebook, conheceu fãs que estavam se revezando para acampar no Allianz Parque. Foi então que passou a pagar mensalmente uma quantia para que ficassem ali até a data do show. 

“E eu fiz tudo isso pra conseguir ficar super perto da Katy e do palco. Deu tudo certo. Foi uma loucura confiar em pessoas que eu nunca tinha visto na minha vida. Parece que a paixão, o amor pela artista, une a gente. Tenho isso marcado no meu coração e nunca vou me esquecer”, retoma Ramon. 

A lembrança favorita do jornalista  no show se resume a diversão. Quando teve a transição das músicas Hot N’ Cold para Let’s Friday Night, Katy Perry passou bem pertinho Ramon e jogou uma palheta que estava usando para tocar guitarra. Ele não pegou a palheta, mas só da artista dar uma pirueta e brincar com o público, já valeu pela noite. 

Mas, nem tudo são fogos de artifício. A bateria do celular dele acabou logo na última música e não conseguia se comunicar com a família e muito menos sabia como voltar para o hotel, já que havia ido sozinho. Com sorte, alguns amigos que havia conhecido na internet o deixaram na porta do hotel. 

O show contou com esquema de luzes, chuva de papel picado e referências únicas para os fãs. (Foto: Cedida/ Ramon Diniz)

Experiência 

Neste ano rolou um dos festivais mais movimentados e esperados: o The Town, em São Paulo. A Fernanda Bonfim, estudante de Design e formada em Design de Interiores, viveu uma super experiência que mexeu muito com o comportamento, não só dela, já que não viveu o show do Bruno Mars sozinha.

“Fui com meus irmãos. Sempre tivemos vontade de ir em um festival e ter toda a experiência que uma grande estrutura como essa pode proporcionar. Nunca tinha conseguido comprar o ingresso, pois é bem difícil. Mas com o The Town tudo deu certo, as atrações e a compra”, conta. 

Fernanda conseguiu ver os shows relativamente de pertinho no festival (Foto: Cedida/Fernanda Bonfim)

No dia escolhido pela Fer e os irmãos, além do mais esperado por eles, Bruno Mars, subiram no palco: Alok, Matuê, Luisa Sonza e Bebe Rexha. A união de tantos estilos diferentes, claro, abre espaço para se soltar e viver um dia inesquecível.

Por outro lado, bombou nas redes sociais muitas notícias sobre a quantidade de pessoas que passaram por algum tipo de perrengue no The Town, e a estudante foi uma dessas.

“O meu grande inimigo foi o calor e a falta de estrutura nas filas. Minha pressão caiu enquanto estávamos na fila, pois estava muito sol e não tinha sombra.”

Falando nas dificuldades, a grande maioria sabe que é bem difícil conseguir comprar as entradas para esse tipo de festival (não tá fácil pra ninguém, rs). A Fer aproveitou para explicar que, por ser estudante, pagou meia entrada, algo que facilitou demais a ida.

“O valor é um pouco mais alto que um show internacional por exemplo, mas nesse caso você tem acesso a vários artistas e uma boa estrutura. Sendo bem sincera, teve zero planejamento (risos). Só parcelei em quantas vezes pude, pra ir pagando em suaves prestações.”

Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no whatsapp
Compartilhar no email
Escola de Comunicação e Estratégias digitais | © 2021 Todos os direitos reservados.​