Home office e covid-19: o desafio de trabalhar em casa

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14/04/2020 às 09:30
Karoline Kol e Milene Gimenez

 Vinicius faz parte dos estagiários que estão home office (Foto: Cedida)

Com o expressivo aumento da contaminação pelo coronavírus, as empresas adotaram medidas de prevenção a fim de proteger a saúde dos funcionários e evitar impactos negativos posteriormente. Com a necessidade de evitar a aglomeração de pessoas e o contato interpessoal, a maioria das empresas adotou o modelo home office. Essa medida preventiva implica em manter o funcionário trabalhando normalmente, só que em casa, que é o mais aconselhado atualmente para conter o contágio do vírus.

Mas será que trabalhar em casa se torna mais fácil? O fato de estar no conforto do lar ajuda ou atrapalha? Com os estagiários é diferente?

Vinicius Meneguetti, 25 anos, é estagiário em uma agência de publicidade em Presidente Prudente. “Não vou mentir: é bem difícil! Primeiro que eu sou acostumado a ter uma rotina fora de casa, eu geralmente estou em casa para almoçar e dormir”, desabafa. A mudança do ambiente de trabalho é uma ótima opção para empresa e empregado nesse momento, mas, para ambos, um desafio.

Trabalhar em casa para quem nunca trabalhou pode não ser uma tarefa tão simples, a readequação na rotina, ainda que dentro de casa, geralmente afeta bastante o desenvolvimento da função exercida. “Eu preciso acostumar meu corpo a seguir uma rotina dentro da minha própria casa, por ser um tipo de atividade que nunca fiz antes.” Vinicius também explica como é difícil se concentrar já que não mora sozinho. “Tenho meus pais comigo em casa, então sempre tem alguma conversa de fundo ou eles trazem algo no celular para mostrar para mim. O foco vai embora rapidão”, conta o jovem.

Para que a produção e a qualidade do material produzido pelos estagiários não diminuam, cada um pôde levar o computador que utiliza na empresa onde Vinicius trabalha para casa. A agência também desenvolveu uma maneira de monitorar os horários e a qualidade da produção de cada um. “Trabalhamos com uma ferramenta, até mesmo para organizar o tráfego e distribuição das tarefas internas, chamada Runrun.it. Quando uma pessoa recebe uma tarefa, ela dá o play e ali contabiliza o tempo que ela gasta para desenvolver a atividade, então é possível saber quem de fato está trabalhando porque já sabemos a média de tempo para o desenvolvimento entre uma tarefa e outra”, conta Arize Juliani, 30, supervisora de contas e responsável pelos estagiários da agência de publicidade.

Em relação ao rendimento dos estagiários, Arize explica que não houve perda nenhuma para a empresa em exercer o home office e que isso tem proporcionado novas experiências para a equipe. “Fizemos um balanço e estamos super satisfeitos com o resultado, pois vimos que houve até um aumento no rendimento, a equipe está mais unida, conversamos mais, creio que automaticamente produzimos mais”, conta a supervisora. O aumento e excelência da produtividade mostram que o fato de trabalhar no conforto de casa, por mais desafiador que seja, não tem isentado a responsabilidade e comprometimento de cada um.

Na agência de publicidade, ficou decidido que até que tudo se normalize e que haja segurança para os estagiários voltarem, todos ficarão trabalhando em casa. A medida preventiva em adotar o home office se tornou uma excelente escapatória para as empresas que não querem “fechar as portas” ou diminuir, significativamente, a produção e consequentemente afetar os lucros por conta do Covid-19. Para o empregado, é uma chance de permanecer com o trabalho e ter novas experiências com a oportunidade de superar o desafio de trabalhar em casa e continuar com o desempenho da sua função, sem se deixar levar pelo conforto ao seu redor.

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