Impactos da fake news na sociedade é tema da quarta mesa-redonda realizada por alunos

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30/04 às 15h01
Lorrayne Rosseti e Lucas Santos

Jornalista e Sociólogo falam sobre checagem de notícias e como as fake news afetam a vida das pessoas (Foto: Gabriela Ferreira)

Na última quarta-feira (28/04), foi realizada live da mesa-redonda promovida pelos estudantes de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Escola de Comunicação e Estratégias Digitais da Unoeste, onde foi discutido o tema “Os Impactos das fake news na sociedade”. Para abordar o assunto, foram convidados o repórter da TV Fronteira, Bill Paschoalotto, e o professor de filosofia, Wagner Caetano, que expuseram suas ideias e promoveram uma boa reflexão. 

Ao ser questionado sobre quais são as pessoas afetadas pelas fake news, Bill menciona que todos podem ser vítimas, pois uma mentira contada mil vezes acaba se tornando verdade. “O problema não é você acreditar e sim repassar”, disse o repórter.  

Por mais verídica que pareça ser, é essencial que qualquer notícia divulgada, independente do veículo, seja checada (Foto: Igor Lopes Fray de Oliveira)

Wagner diz que sempre que é recebida uma informação, deve-se ir atrás das fontes. De onde vem, como veio e qual é o histórico dessa plataforma de notícias são fatos que devem ser questionados. “Nos dias de hoje, mesmo que tenhamos 99% de certeza de uma notícia, ainda assim devemos duvidar e tomar cuidado com esse 1%”, afirmou. 

O professor diz que uma postura interessante é sempre que uma notícia chegar até o leitor, seja por FacebookWhatsApp ou Instagram, deve-se sempre ser checada por meio de várias plataformas jornalísticas, não só nas conhecidas, mas até mesmo nas fontes antagônicas, e completou dizendo que duvidar nunca faz perdermos nada. 

“Devemos duvidar, precisamos pensar se aquilo realmente está acontecendo e sempre questionar. Precisamos ir atrás e pensar ‘será?’ Às vezes uma situação parece tão verdadeira que realmente confiamos que é verdade. Me lembro de uma matéria que fiz, onde tudo indicava que o preso era culpado, por conta de um amontoado de coincidências.” Disse o repórter ao ser questionado sobre quais cuidados devem ser tomados em relação às notícias falsas. 

O último bloco da live contou com o relato do professor Wagner dizendo que quando iniciou as pesquisas sobre fake news, logo começou a aparecer o caso da eleição do Trump nos EUA, o que ainda é recente. “Logo fui buscar algumas referências históricas e quando estava lendo, veio até a mim um hedonismo público, um prazer que nem sempre é bom, como por exemplo os romanos, onde colocavam dois gladiadores para lutar em busca do prazer e o ápice daquilo era quando um deles tirava a vida do outro. A questão é nós também pensarmos na moralidade, na mensagem que está sendo propagada.”  

“Mesmo as ideias que são ‘más’, são criadas por pessoas inteligentes”, afirma o professor (Foto: Reprodução do YouTube) 

O sociólogo ainda enfatiza a importância de tomarmos cuidado com as brincadeiras nas redes sociais. ‘Eu não quis dizer’, mas disse. Dizer que não teve a intenção de magoar, não tira a dor do outro, a solução disso é algo que ainda não houve no Brasil já há 500 anos, que é o investimento sério e planejado na formação básica do brasileiro, do nosso povo”, finalizou o professor. 

A transmissão da mesa-redonda foi realizada ao vivo pelo canal da TV Facopp Online e está disponível para ser acessada a qualquer momento. 

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