13/09/2017 às 08:00 – Atualizado em: 13/09/2017 às 09:49
Brenda Oliveira e Sandra Prata
Os alunos de Jornalismo, Maria Eduarda Kato, Fábio Figueirinha e Karime Vilela, junto com a professora Thais Bacco, se comoveram com as historias de pessoas que sofrem com câncer e doaram parte dos cabelos para instituições. Os fios foram para a entidade prudentina “Amigas do Peito” e ao “Hospital do Câncer de Barretos” com a finalidade de produzir perucas que auxiliam na restauração da autoestima dos pacientes.
A facoppiana Maria Eduarda Kato revela que não conhecia o trabalho da entidade Amigas do Peito, e foi só através de uma pauta de estágio que tomou conhecimento da ação, que consiste na produção de perucas para vítimas do câncer de mama. “Como é uma coisa que se joga fora, é muito legal você pensar que pode fazer a felicidade de uma criança ou de uma mulher, é gratificante saber que vai fazer bem para alguém e não será só uma mudança para você”, conta. A estudante do 4º termo de Jornalismo doou 23 cm das madeixas.
Maria Eduarda ressalta que a atitude é, antes de tudo, um ato de coragem e auto aceitação. “Aprender que você não precisa ter o cabelo cumprido para se sentir bonita e saber que sua atitude pode fazer a diferença na vida de alguém que talvez você nunca conheça, mas que ajudou de alguma forma”. Ela também frisa que poder contribuir com outras realidades é gratificante.
Já o aluno Fábio Figueirinha, do 8º Termo de Jornalismo, conhecia o trabalho da instituição, após pesquisar por um local que pudesse receber os fios. “Eu dei uma olhada na página deles [Amigas do Peito] e reparei que para mulheres é muito mais difícil do que para o homem, porque tem toda essa questão de beleza, de zelo pelo cabelo”. Ele também ressalva que vê a atitude não apenas como resultado de comoção, mas também como obrigação em ajudar as pessoas.
Com 30 cm doados, Fábio conta que teve a sensação de dever cumprido em ajudar alguém com algo tão significativo. “Quando bem cuidada a peruca dura muito tempo. Eu acredito que a peruca foi feita em julho e meu cabelo está em plena atividade, é super legal saber disso”.
Fazer uma doação em prol de ajudar pessoas, sempre foi um dos objetivos da docente Thaísa Bacco que já conhecia o trabalho da instituição prudentina desde quando se mudou para a cidade. De acordo com ela, a iniciativa é relevante, pois além da doença física, existe também um abalo emocional. “Eu já tinha ouvido várias histórias de mulheres que recuperaram autoestima por conta do cabelo, então me vi motivada porque meu cabelo não tem tintura e nenhum tipo de química, me disseram que era o ideal”.
“Acho que todo voluntário tem que ser assim, meio determinado, não pode fazer as coisas apenas para própria conveniência, tem que fazer pensando nos outros. Por isso eu acho que tem sociedade, cidadania. Só o fato de eu ir lá fazer a doação, no momento que eu entreguei, eu já me senti bem”, relata Thaísa.
Inspirada pelo ato de amor de suas irmãs, Karime Vilela doou seu cabelo há sete meses e pretende fazer a ação novamente. “Elas são voluntárias no Hospital do Câncer de Barretos e já doaram anteriormente, então sempre contavam as histórias das crianças que ficavam sem cabelo e demoraria anos para crescer novamente”.
“É uma forma de ajudar o próximo, já sou doadora de sangue há quatro anos e o cabelo não ia me fazer falta, além disso, iria poder fazer a diferença na vida de alguém”, finaliza.
Como doar?
De acordo com a voluntária do grupo Amigas do Peito, Sônia Faustino, pessoas de qualquer idade podem doar. O único pré-requisito é que o cabelo doado possua no mínimo entre 18 e 20 centímetros. Para conhecer melhor o trabalho da instituição acesse a página do Facebook Amigas do Peito Presidente Prudente ou ligue (18)3221-2656.
