Beatriz Zoccoler (produtora), Júlia Guimarães e Rodrigo Marinelli, especial para Escola de Comunicação
09/10/2023 às 18h30
Uma boa série para relaxar em meio à rotina universitária pode se tornar uma experiência ainda melhor quando captamos aquela referência ou nos identificamos com situações do mercado de trabalho. Conheça nesta reportagem diferentes histórias de personagens que “dão o nome” pelas suas áreas da comunicação.
Jornalismo
Ted Lasso, lançada em 2020 e disponível na Apple TV+, é uma mescla entre comédia e drama. A série conta a história de um treinador de futebol americano que foi contratado para cuidar de uma equipe de futebol (o que é praticado com os pés), na Inglaterra.
Dentre os personagens da trama que estão envolvidos de forma direta e indireta na rotina de Ted, destaca-se a participação do jornalista Trent Crimm, que assume diferentes posições e trabalhos na história. Ele, inclusive, consegue mostrar na prática as diferentes facetas que um jornalista pode ter.
Trent é odiado e amado pelos amantes e personagens do AFC Richmond (nome do time) e consegue, através das suas atribuições, humanizar o papel da imprensa na cobertura esportiva.
A forma como ele faz as perguntas para o Ted e outros integrantes da comissão técnica durante as coletivas de imprensa, por exemplo, destaca-se em relação aos outros profissionais e, por conta desta postura diferenciada e “fora da bolha”, o Trent passa a escrever um livro fundamental para a história.
Ele é fundamental, apesar de ser muito questionado, no entendimento da importância do jornalista na vida das pessoas. No caso, na vida dos atletas e dos moradores que consomem os trabalhos de Trent em Richmond, a pequena cidade inglesa que é representada pelo clube fictício.
A série toca a alma, principalmente de quem ama futebol, e, de longe, o personagem jornalista é um dos maiores responsáveis pelo sucesso e pelas peculiaridades da trama.
Assista ao trailer:
Publicidade e social media
Lançada em 2017, The Bold Type ensina lições valiosas de como investir em seus sonhos, companheirismo, empoderamento feminino e, é claro, como se adaptar ao mercado de trabalho. A trama, disponível no Prime Vídeo, tem como enredo principal três melhores amigas que trabalham para a revista Scarlet Magazine, que já foi muito conhecida na era do impresso, mas agora precisa se atualizar aos tempos da internet. O que não vem sendo nada fácil.
Dentre as três protagonistas, a que chama atenção para o mercado publicitário é Kat Edison, que atua como social media da revista, além de ser responsável por essa transição para o digital com o objetivo de garantir a sobrevivência da Scarlet. Assim, sua missão é construir o novo formato da revista e também dar atenção a seu perfil pessoal no Instagram para que seja uma vitrine de trabalho.
Em meio a perrengues e autodescobertas, para que os cases possam ser um sucesso e conquistem mais espaço no ambiente de trabalho, ela entende que muitas de suas vivências pessoais irão se misturar com o profissional. Como também percebe que um bom profissional da comunicação precisa ser adaptável para conseguir alcançar o público da revista e agir com ética em campanhas.
Devido a isso, as três amigas encontram uma forma de explorar diferentes formatos para a web e o que chama a atenção do público é a mescla de conteúdos como crônicas, ensaios de moda e ações para redes sociais.
A série também aborda questões como o machismo nas empresas de comunicação, o papel dos influenciadores digitais, como se destacar na área sem ter medo de errar e como aproveitar oportunidades.
Assista ao trailer:
Marketing e carreira internacional
Aquela série que parece bobinha até você mergulhar na história. Podemos resumir assim Emily in Paris, que está disponível na Netflix. Lançada em 2020, a trama conta a jornada de uma executiva de marketing chamada Emily Cooper. Sonhadora e cheia de disposição, ela ganha a oportunidade da vida: ir para Paris trabalhar em uma agência de publicidade e posicionamento de marcas.
Os episódios se desenrolam acerca das vivências, perrengues, experiências e demandas que Emily encontra no local de trabalho. O mais bacana é perceber como ela dribla muitas das situações que surgem na rotina com inovação e criatividade.
Definitivamente ela mostra que o profissional do marketing precisa de jogo de cintura e saber lapidar as campanhas.
Além disso, proatividade é um dos adjetivos que com certeza podem ser dados a Emily. A executiva demonstra ser flexível, mas ao mesmo tempo confiante nas próprias ideias, apresentações e contatos com clientes.
É claro que, nem tudo são flores, e a série romantiza um pouco a profissão, principalmente pensando no estilo de vida regado a restaurantes chiques, eventos de elite e roupas glamourosas que a protagonista leva. Cabe lembrar que até chegar nesse padrão, Emily teve um início conturbado em Chicago, então todo mundo começa do pouco!
