Professor da Facopp ministra palestra em outros cursos da universidade

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25/05/2017 às 16:00 – Atualizado em: 25/05/2017 às 11:35 
Anne Abe

Gustavo Justino/Assessoria Unoeste

Imagem Notícia
A palestra ministrada pelo docente Tchiago Inague teve como objetivo estabelecer uma ponte entre o Jornalismo e Letras por meio do livro-reportagem

Com o intuito de unir a literatura ao jornalismo, o professor da Facopp, Tchiago Inague, participou da XVIII Jornada da Educação promovida pela Faculdade de Artes, Ciências, Letras e Educação – Faclepp. No evento, o docente teve a oportunidade de ministrar uma palestra sobre o tema “As extensões do livro-reportagem”, que ocorreu nesta quarta-feira (24/05).
 
O professor iniciou a palestra apresentando os conceitos de livro-reportagem a partir das definições de autores renomados como Edvaldo Pereira Lima e Eduardo Belo. Segundo Tchiago, trata-se de um veículo da comunicação ou gênero jornalístico não periódico, quase sempre monográfico, em que é possível aprofundar um assunto, de forma que não fique restrita ao factual abordado pelos veículos jornalísticos diários.
 
Para contextualizar, Tchiago apontou o nível de gradação dos produtos jornalísticos com o intuito de que os alunos compreendessem a diferença entre eles. Iniciou pela Nota, que apresenta uma informação concisa; seguida pela Notícia, um desdobramento da nota, com um tratamento mais sofisticado em que são respondidas as seis perguntas essenciais para o jornalismo; passou para a Reportagem, um assunto mais detalhado; a Grande Reportagem, que apresenta aprofundamento no tema abordado; e por fim o Livro-reportagem.
 
Na sequência, o professor explicou a tríade que sustenta esse gênero e o diferencia dos demais, sendo eles relacionados ao conteúdo, o tratamento e a função. “Esse produto também precisa de técnicas narrativas literárias para retratar a história de forma que atraia e prenda a atenção dos leitores”, afirma.

Por fim, o docente citou alguns escritores de livros-reportagem e apresentou obras famosas como “Chatô: O rei do Brasil” e “Corações Sujos”. Além desses, Tchiago também citou trabalhos que já foram feitos e outros que estão sendo produzidos por alunos da Facopp.
 
“É interessante fomentar o livro-reportagem nos alunos da Faclepp, para que possam desenvolver pesquisas que até estabeleçam diálogos com o Jornalismo. Ao ressaltar as pesquisas, tive o intuito de mostrar que o livro-reportagem não é algo tão distante, que fica apenas numa esfera nacional. Ele também está aqui em terras prudentinas”, disse.
 
Considerações
 
A coordenadora do curso de Letras, Luciane Cachefo, conta que o tema da palestra surgiu do próprio professor, para o qual apenas foi solicitado algo que unisse as duas áreas. “Nós acreditamos muito nessa articulação da literatura com o jornalismo. No curso não temos tempo para aprofundar esse gênero especificamente e acho que despertou o interesse nos alunos“, declarou.
 
O tema atraiu a atenção da aluna Camilla Saldanha, do 7º termo de Jornalismo, por conta do seu Trabalho de Conclusão de Curso, em que irá desenvolver um livro-reportagem como peça prática. Sobre a palestra, além de poder prestigiar o professor fora do curso, ela conta que foi importante para ter uma explicação diferente das informações coletadas nas referências bibliográficas de seu trabalho. “É difícil ter algo específico para esse assunto na faculdade e nós não trabalhamos o livro-reportagem durante o curso, então, é bem legal ter um professor explicando apenas isso.”
 
Já para Jéssica Bruna Silva, aluna do 5º termo de Letras, o que mais chamou a atenção foi o fato do livro-reportagem estabelecer diálogos com outros gêneros do jornalismo, como o informativo, opinativo, interpretativo, investigativo, entre outros. “Achei muito boa a palestra, o professor explicou bem e o que mais me interessou foi o hibridismo nas características do livro”.
 
De acordo com a professora de Letras, Édima Mattos, a palestra contribuiu para fortalecer a relação entre literatura e jornalismo, que, para ela, deveria estar mais presente no curso para que os alunos possuam contato com outros modos de leitura. “A literatura busca, principalmente, o embasamento humano e o livro-reportagem é isso. O jornalismo é humanizador. Acho muito importante fazer o link entre Letras e o curso de Jornalismo, pois é trabalhar com gêneros de discursos e de escrita”, expõe.
 
Por fim, Tchiago Inague diz ter ficado satisfeito com o resultado da palestra, em que os estudantes tiveram acesso a um conhecimento específico, que durante a graduação o professor não possui tempo de abordar. E ainda diz que seria uma forma de trabalhar um assunto extracurricular, para que eles possam aplicar na prática. “São poucos os alunos que se desenvolvem na área do livro-reportagem, porque é algo difícil e demanda um conhecimento, empenho e a escrita muito grande do aluno, pra poder por tudo aquilo que pesquisa dentro de um texto”, finaliza.

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