Programa ‘Anjos da Unoeste’ auxilia entidades e pessoas em situação de vulnerabilidade social

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Isabela Gomes, Nathália Prado, Rayane Pedroso e Vinícius Antunes, especial para Escola de Comunicação
29/04/2022 às 10h50

Dr. Gabriel Carapeba no lançamento oficial do programa Anjos da Unoeste em 2019 (Foto: Ector Gervasoni)

Para ajudar a resolver questões psicológicas, sociais e auxiliar projetos que necessitam de apoio, a Universidade do Oeste Paulista conta com o programa Anjos da Unoeste, unindo pessoas que precisam, com outras que querem amparar, além de contribuir com entidades que carecem de trabalhos voluntários.

Durante as aulas, os professores da Escola de Comunicação e Estratégias Digitais, Roberto Mancuzo e Thaisa Bacco, perceberam que muitas vezes os estudantes não alcançavam bons rendimentos em sala por motivos externos à universidade. A partir desse ponto, notaram que precisariam mudar a postura em relação aos alunos. “Fazíamos um papel de professor tradicional, trabalhando somente com a nota, mas não dava para ser mais assim, sempre há um motivo por trás”, comenta Mancuzo afirmando que isso é cumprir o seu papel como ser humano de olhar para as pessoas com uma visão fraterna e não de empatia. “Empatia a gente se coloca no lugar, a compaixão a gente sente”, declara.

Por não ser da área da psicologia, os docentes acolhiam as pessoas, mas, quando necessário, encaminhavam para os programas que já existiam na universidade. Observando essa necessidade em todos os cursos, o então diretor da faculdade de medicina Gabriel Carapeba teve a ideia de juntar essas várias ações separadas em um único projeto: o Anjos da Unoeste.

Carapeba conta que a ideia inicial era criar um banco de voluntários no qual qualquer pessoa ligada à instituição pudesse participar de ações solicitadas à Unoeste. “Uma igreja, por exemplo, precisa de pessoas para trabalhar em determinado projeto social, ela entra em contato com a faculdade e solicita alguns voluntários”, explica. 

Pensando nisso, reuniu um grupo de dez pessoas especializadas em diversas áreas, para adequar à realidade dos alunos. Depois, os estudantes que realizassem atividades no Anjos, receberiam certificados de horas complementares, como forma de incentivo a entrar no projeto. “Eu acredito que através do trabalho voluntário as pessoas têm a oportunidade de se depararem com realidades mais difíceis que as suas”, pontua Carapeba.

O pró-reitor de pesquisa e pós-graduação da Unoeste, Adilson Eduardo Guelfi, explica que, atualmente, a plataforma do Anjos funciona independentemente da participação de professores, alunos ou cursos. Hoje o sistema conecta pessoas que querem ajudar, com entidades que precisam de alguma ajuda. “As pessoas necessitadas colocam as demandas e os voluntários as observam podendo fazer a adesão. Caso ocorra, nós os colocamos em contato”, explica.

Em princípio não há uma preparação específica para cada trabalho, entretanto, caso seja encontrada a necessidade, por ser um local inóspito ou uma função que vá exigir algo a mais dos voluntários, o programa entra em contato com a universidade para realizar a preparação adequada.

Algumas ações realizadas pelo projeto Anjos da Unoeste – Arte: Rayane Pedroso

Consequências do isolamento

Durante a pandemia de Covid-19, muitos jovens se formaram no ensino médio sem praticamente entrar na sala de aula, além dos prejuízos de aprendizado, foram causados muitos danos emocionais e sociais.

A estudante do 1º termo de Publicidade e Propaganda, Ana Laura Pires Rena, conta que terminou a escola de forma remota e já passava por algumas dificuldades, como a perda dos pais, portanto a falta de interação social agravou o problema. “Foi complicado passar esse ano sem ver meus amigos, sem distrações”, relata. Além disso, o distanciamento dificultou a criação de amizades, já que sequer conhecia seus amigos de faculdade presencialmente.

O ser humano é um ser social, explica o professor de filosofia Wagner Caetano. Ele afirma que durante a pandemia a socialização foi reduzida a pequenos grupos sociais, trazendo desgastes que antes não existiam. “Alguns alunos novos não queriam tirar a máscara para mostrar o rosto, eles se retraíram dentro de uma casca e ali tiveram dificuldades”. O docente acredita que trabalhos sociais são importantes para resolver essas questões, assim como a volta à sala de aula é um elemento essencial para o estudante.

O Anjos da Unoeste é uma ajuda para esses alunos que não tiveram contato social no ensino médio e não sabem como lidar com os desafios da vida acadêmica. Também é uma oportunidade para quem passou por tudo isso, e quer contribuir para tornar o processo mais fácil para outras pessoas.

Em palestra feita em 2018, Professor de medicina Samuel Aurelio orienta sobre o suicídio (Foto: Gabriela Oliveira)

Características sobre a depressão e transtornos mentais são discutidas pela equipe dos Anjos em seu lançamento oficial em 2019 (Foto: Ector Gervasoni)

Pró-reitor Gabriel Carapeba em momento de descontração na abertura do projeto em 2019 (Foto: Ector Gervasoni)

Voluntários do Anjos produzem marmitas para pessoas em situação de vulnerabilidade no primeiro semestre de 2020 (Foto: Ector Gervasoni)

Seguindo todos os protocolos, voluntários preparam alimentos com muito cuidado e amor em 2020 (Foto: Ector Gervasoni)

Equipe dos Anjos recebe orientações sobre o preparo dos alimentos para ação solidária em 2020 (Foto: Ector Gervasoni)

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