Prudentão é palco de conexões entre comunicadores; conheça histórias

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Beatriz Zoccoler (produtora), Júlia Guimarães (editora) e Rodrigo Marinelli (repórter), especial para Escola de Comunicação
15/09/2023 às 13h15

Maior parte da torcida prudentina se concentra nas cadeiras do Prudentão (Foto: Rodrigo Marinelli) 

A relação entre uma pessoa e o time de futebol ultrapassa inúmeras barreiras. O coração de uma equipe está no estádio, junto da torcida, e, para quem mora no interior, uma das maiores dificuldades (ou a maior) é justamente conseguir estar nestes locais. Em Presidente Prudente, o espaço mais reconfortante para quem gosta de sentir a emoção de acompanhar jogos é o Prudentão.

Estudantes e professores apaixonados pelo esporte, que diariamente se vêem nos corredores da Escola de Comunicação e Estratégias Digitais (Ecopp) da Unoeste, dividem diferentes relações com o local. Para grande parte dos frequentadores, inclusive, foi o palco das primeiras conexões entre eles e os seus times.

Da Seleção Amadora ao Grêmio Prudente

O primeiro contato de Gabriel Barboza com o Prudentão foi em 2004, em um jogo beneficente do time do cantor sertanejo Daniel contra a Seleção Amadora de Prudente. 

“Algum tempo depois, fui em outro jogo, só que, dessa vez, foi um clássico entre Palmeiras e São Paulo. Foi o primeiro jogo grande que fui na minha vida. Mas o mais marcante, que vai ficar pra sempre na minha memória, foi em 8 de março de 2009, no clássico contra o Palmeiras, jogo em que Ronaldo Fenômeno marcou o seu primeiro gol com a camisa do Corinthians”, conta o estudante de Publicidade e Propaganda.

Gabriel é corinthiano e criou uma relação com o Grêmio Prudente ao frequentar o Prudentão (Foto: Rodrigo Marinelli)

Gabriel acompanha o Grêmio Prudente presencialmente desde 2022, quando esteve nos jogos finais da Segunda Divisão do Campeonato Paulista. Desde então, o estudante marca presença em todas as partidas que o estádio recebe aos fins de semana. Neste ano, o corinthiano acompanhou sete partidas pela Série A3 e cinco (até o momento) pela Copa Paulista.

Para Gabriel, ir ao Prudentão é um momento de distração, para relaxar após a semana de trabalho e estudos.

“O que me motiva é o futebol. Gosto de assistir, não importa o time que seja. Gosto de estar com meus amigos no estádio, é uma forma de lazer, para me distrair um pouco, relaxar depois de uma semana cheia, com trabalho e faculdade”, aponta Gabriel.

Segunda casa

Se ir ao estádio é uma dificuldade para quem mora em Prudente, imagine só ter este desejo morando em Presidente Epitácio (SP). É o caso do Vinícius Garcia, estudante do 8º termo de Jornalismo da Unoeste. 

Ele contou à reportagem da Ecopp que o primeiro passo do vínculo com o Prudentão foi dado em 2018, quando se mudou para Prudente. No entanto, essa relação ficou estreita apenas em 2022, com a retomada do público durante a flexibilização da pandemia da Covid-19. Foi nesse período em que o estudante começou a cobrir o time local, Grêmio Prudente, para as suas próprias redes sociais. 

Em 2023, Vinícius deu um passo importante na carreira jornalística e começou a cobrir a equipe para a Rádio Comercial de Presidente Prudente, onde continua sendo setorista. Em dia de jogo, a jornada começa por volta das 10h30 e vai até às 19h30.

“É um trabalho cansativo, mas tenho um prazer gigante, porque é um ambiente que é praticamente a minha segunda casa. Eu gosto de estar ali trabalhando, seja em qualquer outro estádio também, mas o Prudentão é um prazer maior, porque Prudente já virou praticamente a minha cidade”, explica o estudante.

Vinícius chega cedinho ao Prudentão para cobrir os jogos do Grêmio Prudente (Foto: Arquivo pessoal Vinícius Garcia)

Ter um time de futebol profissional que participe de competições é uma oportunidade para os profissionais interessados em seguir no jornalismo esportivo. O Prudentão é o principal palco da cidade, não apenas para os atletas, mas, também, para os comunicadores. E estar nesse “palanque” sempre foi o sonho de Vinícius.

“O que me motivou a seguir por esta área do jornalismo esportivo foi um conjunto de fatores. O primeiro é porque eu acredito que a maioria das crianças já têm uma paixão pelo esporte, pelo futebol e, para mim, não foi diferente. Eu nunca pensei em ser jogador de futebol, eu sempre, desde muito novo, já pensava em trabalhar no jornalismo esportivo mesmo. Então, depois de terminar o ensino médio, eu já entrei direto no jornalismo”, finaliza.

De mãe para filhas

Outra coisa que o Prudentão faz é unir e entrelaçar histórias de geração em geração. Um exemplo disto é a professora da Escola de Comunicação e Estratégias Digitais da Unoeste, Giselle Tomé, que, além de participar da formação do Vinícius, tem a própria relação com o estádio. 

A professora frequenta vários jogos no Prudentão como uma forma de alimentar a paixão e curiosidade sobre o esporte (Foto: Cedida/Giselle Tomé)

Giselle conta que as histórias com o Prudentão e o futebol prudentino são de longa data. Antes de conhecer o marido, um apaixonado pelo esporte, já frequentava algumas partidas e também realizava a cobertura de eventos. Com o passar dos anos, o estádio se tornou um vínculo afetivo para o casal ao relembrar seus tempos de juventude e também de trabalho. Assim, decidiram dar continuidade a esta história com as filhas, Sofia e Maria Clara

“Minhas filhas adoram ir até o local. Significa poder inseri-las no esporte, um ambiente para estar com outras pessoas, outros amigos, comemorar e torcer pelo time”, comenta.

A docente também diz que é interessante ver o quanto o estádio mobiliza a cidade. Conforme a professora, nos últimos jogos de acesso, o número de pessoas que frequentavam estava crescendo, a torcida levantava o time, os pais levavam os filhos para poder torcer, falar da cidade por meio do esporte e criar vínculos emocionais. 

“Tenho certeza que minhas filhas vão sempre se recordar da época que os pais as levavam para assistir aos jogos, em que iam sempre ao Prudentão. Essa memória afetiva que é criada é muito importante”, avalia.

A professora gosta de registrar muitos cliques para colecionar memórias, como esse de Sofia, Maria Clara, a prima Agatha, o vô Roberto e a Ariane Sorriso (Foto: Cedida/Giselle Tomé) 

Giselle ainda sugere uma alternativa para que haja mais pessoas frequentando o Prudentão, como programas de visitação abertos ao público e de visita escolar, além da criação de um acervo próprio com a história do estádio. 

“Seria legal para que as pessoas tivessem mais vontade de conhecer, como um centro turístico. Isso acontece em clubes da cidade de São Paulo, onde, ao visitar, você conhece a sala de imprensa e onde os jogadores ficam antes de entrar. Isso cria um elo entre a cidade e o estádio”, completa.

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