Ágata Vieira e Fabiana Vernize, especial para Escola de Comunicação
05/05/2022 às 14h
No cenário atual, a tecnologia se mostra cada vez mais presente, conectando pessoas e facilitando suas rotinas. Os aplicativos colaborativos são prova disso. Mas, afinal, você sabe o que são aplicativos colaborativos e para que servem?
Segundo o dicionário Michaelis, colaboração trata do ato ou efeito de colaborar e trabalhar em conjunto. Logo, os aplicativos colaborativos são apps que permitem aos usuários realizarem tarefas de forma conjunta, por meio da contribuição de informações.
Apesar da internet ter democratizado o acesso à informação é comum sentir-se perdido em meio às possibilidades que esse meio oferece. Você usa apps colaborativos? Possivelmente sim.
Conheça alguns aplicativos e experiências de egressos da Escola de Comunicação
“Comecei a utilizar o aplicativo da Buser em 2019. Na época, já estavam divulgando nas redes sociais e foi uma propaganda no Instagram que me levou até ele”, conta o jornalista Evandro Brandi Marques, 23 anos, que utiliza o aplicativo de fretamento colaborativo para viajar a passeio cinco vezes ao ano, com o principal destino à São Paulo.
Segundo o jornalista, a maior vantagem do fretamento colaborativo é o preço. “Os custos diminuem muito. Chega a ser impressionante a diferença de uma passagem saindo da rodoviária e outra adquirida em grupo nos aplicativos colaborativos. A diferença chega a ser 200% mais barato na Buser”, explica.
A jornalista e redatora de marketing digital, Taíne Correa, 27 anos, conheceu o Waze, aplicativo colaborativo de rotas, por uma amiga. Taíne lembra que antes só existia a opção do Google Maps e o aplicativo começou a apresentar muitos problemas. “Lembro que uma amiga me falou do Waze, que era mais seguro. O Google Maps estava levando as pessoas para lugares esquisitos”, reitera explicando que utiliza o aplicativo sempre que precisa ter certeza dos lugares que vai, mesmo que seja em curtas distâncias.
De acordo com a professora de Marketing Priscila Guidini a escolha dos consumidores por aplicativos colaborativos se dá pela fase em que as pessoas vivem atualmente. “A gente já viveu a era da posse. Tem que ter, tem que ser meu. Agora, estamos vivendo uma era de acesso. Eu preciso ter acesso a um transporte, eu não preciso necessariamente ter um carro. Eu preciso ter acesso a uma casa de praia, eu posso ir para um Airbnb e ficar em uma casa incrível, não preciso ter a casa”, exemplifica. Ainda segundo Priscila, essa escolha se dá por um pensamento mais sustentável e consciente, adquirido pelas pessoas.
Mas e a qualidade?
“A qualidade do serviço prestado, levando em conta o custo, é excelente! O preço é justo, os motoristas são profissionais e a malha rodoviária saindo dos grandes centros é incrível”, analisa Evandro os serviços da Buser, enfatizando que o aplicativo é de fácil usabilidade, o que faz dele, um dos melhores nesse setor no mercado.
Evandro reconhece que a Buser facilita seu dia-a-dia pelos valores que cabem no bolso e com grande agilidade de compra. “Além de ser mais barato, posso parcelar, pagar por pix, tem vários horários disponíveis. Posso compartilhar link de indicação e ganhar créditos, ganhar pontos em programas de milhagem. Não preciso imprimir nada no embarque e posso cancelar até uma hora antes do embarque”, explica.
“O Waze é ótimo, mostra até os radares, os fixos, claro. Mas já está ótimo, porque às vezes no meio da rodovia, a gente não se lembra de todos os radares. Acho que ninguém gosta de tomar multa, né?” brinca Taíne. As funcionalidades do aplicativo de rotas, no qual a colaboração é feita pelo abastecimento de informações a respeito do trânsito e do preço dos combustíveis nos postos, por exemplo, permitem que outras pessoas recebam sua informação em tempo real.
Para Taíne, o Waze facilita tudo em sua vida, inclusive, por poder fazer suas tarefas sozinha. “É muito mais fácil do que parar e pedir ajuda, principalmente sendo mulher. A gente sabe que antes disso, precisávamos parar para perguntar onde era. Isso nunca foi seguro, agora, muito menos. Me dá muito mais autonomia e segurança”, destaca.
Corrente colaborativa
Taíne conheceu o Waze, por meio de uma amiga e hoje todos seus amigos utilizam o app. Ela convenceu, inclusive, sua irmã, que utilizava outro aplicativo e, após reclamações frequentes, instalou o Waze no dispositivo dela.
Grande parte dos amigos de Evandro utiliza o Buser e a iniciativa partiu pela recomendação dele. Outro fator de peso é que o aplicativo possui uma seção de incentivo em que você indica o serviço para outras pessoas e em troca, ganha créditos de desconto nas passagens. Durante os três anos que utilizou o aplicativo, o ex-aluno da Escola de Comunicação chegou a viajar de graça devido ao número de indicações que realizou.
Na concepção de Taíne, o que falta para que as pessoas tenham segurança para utilizar o Waze é experimentar. Já para Evandro, a resistência de algumas pessoas em utilizar o Buser se dá pelo costume com o tradicional e o receio natural com novidades: “Comprar passagem impressa, esperar o ônibus em uma rodoviária, utilizar sempre os serviços daquela empresa. Porém, com o avançar dos anos, as coisas vão mudando e o novo sempre assusta”, afirma.
Podemos dizer, então, que ultrapassadas essas barreiras, seria o fim dos modos tradicionais? Não!
Segundo a professora Priscila, a sociedade se organizará cada vez mais, de forma que a colaboração faça parte. “São várias as alternativas que estão surgindo e as empresas tradicionais vão ter que lidar, se adequar e buscar saídas”, afirma. Ela, reitera que é preciso o tradicional ajustar-se a novas formas de negócio, diante do novo que inevitavelmente surgirá, graças à conexão e tecnologia.
Você sabia?
Outro aplicativo que segue os preceitos de colaboração é o Google Maps. O jornalista Evandro exemplifica que o app permite aos usuários inserirem fotos dos locais visitados, comentários, contar experiências e ainda responder dúvidas de outros usuários. “Acredito que ele seja de fácil manuseio. Basta acessar o app, que já possui um botão “contribuir” em destaque na parte inferior. Nele, o próprio aplicativo já reconhece suas fotos e onde elas foram tiradas, devido ao GPS, e pergunta se você quer contribuir com aquele local no mapa”, explica.
Quando perguntado sobre como se sente em poder colaborar com outras pessoas, Evandro responde: “Imaginar que tantas pessoas estão vendo nosso conteúdo, estão sendo ajudadas de alguma forma, me motiva cada vez mais a continuar contribuindo para essa comunidade virtual, mesmo que de forma voluntária.”
Uma de suas contribuições para a plataforma é uma fotografia da fachada do Santuário Diocesano Nossa Senhora Aparecida, da Vila Marcondes, em Prudente Prudente.