Sair de casa não é tão simples quanto parece

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03/04/2018 às 11:00 – Atualizado em: 11/04/2018 às 18:57 
Ana Caroline Soares

Agência Facopp

Vocês já ouviram a lenda dos 18? Eu vou contar para vocês! Há quem diga que ao chegar à maioridade, tudo se torna melhor. Ainda tem outros que se sujeitam a soltar a seguinte frase: “Não vejo a hora de completar 18 anos, morar fora, comprar meu carro…” Eu conto, ou vocês contam?
 
É claro que existem exceções, mas são bem raras. Aos guerreiros que deixaram a sua casa, sua zona de conforto, nessa fase, ou até um pouco depois dessa faixa, seja por estudo, trabalho, casamento ou outras situações… Eu até gostaria de parabenizá-los.
 
Sair do nosso “cafofo”, não é tão simples como dizem.  A gente abre mão de tudo para seguir um objetivo na vida, e nem sabemos se estamos na direção certa. E sabe aquele ditado clichê, que dizem, que tudo na vida passa? Começamos a duvidar.
 
Quando começam a vir as tempestades, elas parecem não ter mais fim. Enfrentamos dificuldades o todo tempo, mas tem dias, que olha…Não é fácil!  Às 6h da matina, no seu café da manhã, a xícara cai no chão e quebra. No almoço, o gás acaba justo no final do mês, quando estamos contando as esmolas para viver e sobreviver. Isso quando não temos que pegar o circular para resolver assuntos que só são solucionados em locais distantes da nossa localização.
 
E para ajudar, olhamos para o lado e nos deparamos com a solidão, mesmo com diversas pessoas presentes ao nosso redor, nos sentimos sozinhos. Sabe por quê? Colo de mãe e pai faz falta e não há dinheiro no mundo que compre a presença deles.
 
Aqueles dias nublados, frios, representa uma tristeza e nos fazem refletir. Um cochilo da tarde, com a chuva a cair, me lembra tanto o bolinho de chuva feito por vó. Mas eu sei que, vou acordar, e se eu não fizer, nem bolinho de sol vai existir. Mas vale lembrar, que em dias de prova, mal conseguimos nos alimentar.
 
Quando saímos de casa, temos que ter algum foco para lutarmos incansavelmente. Pois são tantos obstáculos que vão tentar nos desviar da estrada, que temos que ser fortes. A gente simplesmente tem que bater de frente com eles, colocar um sorriso no rosto, sacodir a poeira, jogar a coragem para o peito e seguir.

E quando eu digo sobre abrir mão de algumas coisas para cruzar um trajeto, estou me referindo a momentos simples. Como perder datas comemorativas, ver primos, sobrinhos crescerem, e até os seus tios envelhecerem. É chegar numa parte da vida e perceber que até a barba do seu pai está esbranquiçada e notar algumas expressões de batalha na face da sua mãe.
 
É sobre chegar num tempo, em que o objetivo vai ter sido alcançado. Olhar para trás e se sentir perdido, como se não fizesse mais parte da família, ou até mesmo daquele ambiente. Mas isso faz parte, você saiu do seu espaço de conforto, então é normal que esteja vendo tudo com outro olhar.
 
Pensa pelo lado bom, meu caro: Depois de tantas quedas, nada o derrubará mais. E assim continuaremos, até porque, o peso na consciência por não ter tentado, nunca vai nos assombrar. Apenas siga, afinal, o carrossel [vida] nunca para de girar.
      

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