21/02/2017 às 08:45 – Atualizado em: 22/02/2017 às 20:18
Sandra Prata
Os alunos do 3° termo matutino de Jornalismo tiveram a chance na segunda-feira (20/02) de visitar a Rádio Comercial AM de Prudente e seu acervo histórico, o Centro de Memórias. O objetivo da visita era a realização de uma atividade prática da disciplina de Rádiojornalismo, ministrada pelo professor Homéro Ferreira.
A Rádio Comercial nasceu em 13 de agosto de 1959, fundada pelos irmãos Arnaldo e Rubens Bussacos. Hoje líder de audiência, possui uma programação eclética que varia de programas esportivos, musicais, além de um jornalismo participativo e atuante com prestações de serviços a população.
Segundo Homéro, o principal foco da visita é trazer os alunos para mais perto da realidade e da rotina de uma rádio convencional e com uma programação bem feita, para que possam entender os bastidores do veículo na prática. “A faculdade oferece uma excelente formação, tanto prática como teórica para o mercado de trabalho, mas nada como observar o próprio mercado, é um complemento para o aprendizado”.
O professor conta que pediu para que os alunos realizassem entrevistas com os profissionais da rádio e garante que o conteúdo absorvido será usado para debates e auxílio em outras atividades práticas ao longo do semestre.
Atividade
A visita teve inicio às7h30 com a chegada dos estudantes que puderam acompanhar o “Jornal das Sete”, apresentado por Osvaldo Torino. Um pouco mais tarde por volta das 8h00, eles presenciaram os bastidores da atração de entretenimento, “Programa da manhã” apresentado por Miguel Francisco Pereira.
Apresentador da Rádio Comercial há 10 anos, Miguel Francisco Pereira, conta que para profissionais já experientes como ele, ter esse tipo de contato com universitários é motivante. “Tem muita gente que se acomoda e para no tempo, ver os jovens dedicados em buscar conhecimento desperta na gente aquela vontade de voltar a estudar, de se qualificar”.
Após os bastidores dos programas, foi a vez da edição e programação. O editor da AM a mais de 30 anos, Edson Cherutte o “xexeu”, respondeu a todas as dúvidas dos alunos em relação à edição dos áudios e grade programática da rádio.
Centro de Memórias
Fundado em 1974 pelo atual dono da Comercial, Nilton Mescoloti, o Centro de Memórias da Rádio Comercial é uma viagem pela história da comunicação e da tecnologia. Com um acervo que consiste em mais de 15 mil discos de vinil e 350 peças, entre elas: câmeras, microfones, gravadores, documentos e filmagens que mostram os momentos mais marcantes do veículo para história da região.
Inicialmente construído apenas com equipamentos em desuso da própria rádio, o Centro foi tomando forma com o decorrer dos anos baseado em colaborações de outras pessoas. Segundo Irineu dos Santos, responsável por receber as visitas ao acervo, a peça mais antiga é um toca discos do ano de 1930.
Para o diretor administrativo da rádio e filho do fundador do Centro, Mauricio Mescoloti, esse tipo de conhecimento histórico é essencial. “A história faz parte de toda profissão, é importante para os futuros jornalistas conhecerem como era feito o rádio e a tarefa de informar antes de toda essa tecnologia.”
Após a visita ao acervo a sala montou uma roda de conversa com Maurício onde tiveram a chance de expor curiosidades e esclarecer dúvidas. Alguns dos temas centrais foram: a rotina de programação da rádio e o interesse dos jovens de hoje pelo veículo.
Experiência
O aluno Adriano Batista, acredita que a visita foi importante por fornecer um contato direto com a evolução do trabalho jornalístico desde o inicio até a forma como é hoje. Ele se sente feliz em poder observar a edição e a programação e entender a forma como é organizada cada matéria. “É interessante você vivenciar essa prática da rotina deles para que você já chegue ao mercado de trabalho futuramente com um choque menor”.
Sobre as peças do acervo, Adriano voltou sua atenção principalmente para a evolução dos rádios portáteis. “Antes o portátil pesava 30 kg e hoje não pesa mais que 300g. É fantástica a maneira como a mobilidade evoluiu com o passar do tempo”.
Para Julhia Marqueti a satisfação da visita não foi diferente. A facoppiana que diz estar se apaixonando pela área do rádiojornalismo, comenta estar maravilhada com o acervo do Centro de Memórias, mas a parte que mais gostou foi ver os programas ao vivo. “Eu faço estágio na Rádio Web Esportes Notícias, então quanto mais contato eu tenho com programação ao vivo mais eu me apaixono”.
Emocionado, é como se sente o professor Homéro ao ver os discentes interessados pela profissão e principalmente pela área do radiojornalismo. “Vejo uma juventude emergente e que está cuidando da melhor forma possível daquilo que eu amo, a minha profissão”, finaliza.
