Dia do Jornalista: diferentes possibilidades para contador de histórias

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Vinicius Antunes
07/04/2023 às 12h

Escolher um futuro profissional nem sempre é uma tarefa fácil. Algumas pessoas têm a profissão dos sonhos em mente desde a infância, outras decidem seu curso no fim do ensino médio. O importante é fazer algo que ama e se identifica, assim como os alunos da Escola de Comunicação e Estratégias Digitais da Unoeste.

Hoje, dia 7 de abril, é comemorado o Dia do Jornalista, o profissional que tem a responsabilidade de levar informação de qualidade à sociedade. Mas se você pensa que a única opção é trabalhar em uma redação, está bem enganado. A comunicação proporciona várias possibilidades de atuação nas mais diversas áreas.

A aluna do 7º termo de Jornalismo, Isabela Gomes, conta que ainda não está completamente decidida sobre qual caminho seguir, entretanto, tem suas preferências. “Pretendo seguir na área do audiovisual, como na TV, ou na área de assessoria de imprensa”.

Caroline Araújo, do 5º termo, está encantada com a profissão. Ela explica que encontrar e ouvir a fonte é uma das melhores partes. “Quando vamos encontrar um entrevistado ou montar uma matéria nos preparamos para aquilo, para conhecer sempre uma nova história, um novo conteúdo”.

Também tem o pessoal que acabou de chegar, mas sempre soube que essa é sua vocação. Maria Clara Catuchi, do 1º termo, conta que antes do ensino médio já tinha decidido seguir no jornalismo. “Sempre fui comunicativa e queria poder transmitir informações para as pessoas. Me apaixonei pela área da comunicação e não tinha dúvidas de que essa era a carreira que queria seguir”, pontua.

Ao longo do curso, diversas possibilidades profissionais são apresentadas pelos professores da Escola de Comunicação, que possuem experiências teórica e prática de atuação no mercado de trabalho. Conheça um pouco da trajetória e como eles veem a atividade em cada área:

Histórias para contar e fotografar

Jornalista, historiadora e fotógrafa são apenas algumas das atuações de Fabiana Alves. Sua carreira teve início como estagiária no jornal diário, passando para freelas e boa parte da carreira trabalhando em redação. Se especializou em fotografia que, apesar de ter dificuldade em escolher uma área preferida, acaba ocupando um espaço um pouco maior em sua vida. No esforço em escolher sua paixão, diz que o que de fato traz brilho nos olhos no jornalismo é contar histórias.

Na redação a rotina sempre era corrida, já cobriu desde ações policiais, até esporte, passando pelo caderno de pets. O que mandassem fotografar, estava de prontidão. Entretanto, essa rotina não permitia exclusividade, texto e foto andam juntos e a jornalista nunca trabalhou com eles isolados, o que a tornou essa profissional que faz de tudo um pouco.

Fabiana vê a valorização do profissional como um grande dificuldade atualmente, pois nem todos veem o desafio humano em trazer as melhores histórias que merecem ser vistas e contadas. Todos são produtores de notícia mas, para ela, o jornalista precisa entender-se como profissional que se posiciona a partir da correta checagem e apuração.

“Nós temos a função social de conseguir trazer as histórias, fazer com que experiências de vida se tornem conhecidas. Contar histórias anônimas, corriqueiras e transformadoras sempre foi o mais gratificante da profissão.”

Fabiana Alves

De repente jornalista

De Martinópolis às origens em Portugal, Giselle Tomé começou com apenas 15 anos de idade. Após retornar de viagem, foi convidada a escrever sobre o país de sua família quando nem imaginava, ou sequer sabia, como era feita uma notícia. Ali foi o despertar para o jornalismo, da matéria feita na adolescência à editora-chefe do jornal O Imparcial, seu foco foi o impresso, mesmo tendo trabalhado em assessoria de imprensa.

A rotina varia de acordo com o que acontece à sua volta, o veículo manda quem estiver próximo aos fatos, como acontecia em sua cidade nos eventos locais. Giselle começou nessa época como correspondente, ainda na faculdade apurava as informações, colhia textos e fotos e enviava para O Imparcial, sempre em busca da notícia diária.

Acredita que o jornalismo é importante para romper com a crescente onda de desinformação, em que é desafiador mostrar a necessidade e valor da informação de qualidade. É um trabalho diário fazer com que as pessoas tenham consciência do que acontece ao seu redor.

“É gratificante ajudar na democratização da informação, permitir que as pessoas saiam da zona de ignorância.”

Giselle Tomé

Trabalho nunca é demais

Nunca teve somente uma função, o homem que não para de trabalhar não cansa nunca. Homéro Ferreira sempre fez mais de uma coisa ao mesmo tempo (às vezes 5). O início dessa caminhada foi como plantonista esportivo, mas já foi repórter, editor, correspondente, diretor e quase tudo que você possa imaginar. Hoje é assessor de imprensa, professor, colunista e comentarista esportivo, mas a sua preferência é a reportagem.

A rotina é puxada, os longos plantões servem de prova para ver se realmente a profissão é para você, mas servem de aprendizado e, segundo ele, a rotina é a melhor possível. Locução ao vivo é um desafio, não há cortes ou chances de refazer, mas, por incrível que pareça, Homéro reprovou no gravado e passou quando era pra valer.

Jornalismo para ele é prestar serviço social por meio das notícias, dar visibilidade para coisas boas, assim como criar relações e honrar o local de trabalho. Com seus contatos e respeito adquirido ao longo dos mais de 40 anos de atuação, ele entra em quase todos os lugares, sempre procurando uma boa história.

“Nunca me senti desafiado, mas sim instigado em correr atrás da informação que não se consegue com facilidade.”

Homéro Ferreira

Prepara para o boomerang

Se você pensa que o cara dos stories da lousa começou no Instagram, está bem enganado. Roberto Mancuzo começou na TV, mas conta que teve a perspicácia de conseguir transitar nas mais diversas áreas, cada uma ocupando um espaço importante em momentos da sua vida. A televisão foi o início, o impresso lhe deu muita bagagem, a assessoria de imprensa a dimensão da comunicação corporativa, fotografia é seu divertimento e as redes sociais sua última grande virada.

Virada essa que foi muito importante em sua carreira. Hoje, um profissional que não está presente e não entende o mundo digital, está atrasado, e ele não ficou para trás. Essa rotina exige uma atenção 24h por dia de tudo que está acontecendo, pois as informações chegam a todo momento, não se pode perder tempo.

Com tantos dados, ele percebe que um grande desafio é compreender o público, já que agora o jornalismo não é a única fonte de informação. Assim, a responsabilidade de ter um material de qualidade e uma adaptação para os diferentes meios, é muito maior, gerar conexões é essencial.

“Nós somos os responsáveis por ser voz de quem não tem voz e sempre estamos aprendendo com todos esses contatos.”

Roberto Mancuzo

Aprender para ensinar

O aluno que hoje é coordenador da Escola de Comunicação em que estudou. Tchiago Inague escolheu seguir pela carreira docente, unindo o jornalismo à literatura. Já estagiou em redação na época da faculdade, adquiriu experiência, mas a carreira acadêmica o puxou pelo braço e coração, aí não teve jeito. O jovem que não parava de estudar, tornou-se o professor que não para de ensinar.

O dia a dia é corrido, leciona em várias etapas, desde o ensino médio até a pós-graduação, além de orientações em tese e dissertações. As graduações que possui em Letras e Direito se uniram ao Jornalismo em suas aulas, ensinando gêneros jornalísticos, literatura e legislação. Por conta da jornada dupla (ou tripla), tem uma visão ampla da educação, conhecendo realidades diferentes e caminhos que uma pessoa pode trilhar no ensino.

Para ele, as fake news fazem com que o jornalista seja colocado em xeque e precise se reinventar cada vez mais e, como detentor da informação, tem a responsabilidade de tornar a sociedade o mais lúcida possível. Sente-se honrado em ser um educador e formar comunicólogos que serão críticos e atuarão de forma humana.

“Enquanto formos humanos, nós precisaremos de outros humanos nos informando.”

Tchiago Inague

Foco, força e fundamento

Não surpreende ninguém a organização e vontade de assumir responsabilidades de Thaisa Bacco. Apaixonada pelo processo de produção e edição no jornalismo, já trabalhou em TV, impresso, rádio, internet e assessoria de imprensa. Em sua faculdade focou no jornal impresso, tanto que seu primeiro emprego foi no extinto Oeste Notícias, porém encontrou um talento e vocação para o audiovisual.

O cotidiano na área não é para qualquer um, exige concentração e conhecimento de uma linguagem complexa. Decisões importantes devem ser tomadas a todo tempo e somente um profissional com domínio no assunto consegue lidar com essa rotina. Foco não lhe falta, e essa característica unida à agilidade em resolver problemas a tornaram a profissional que é hoje.

Thaisa fala que a conquista é quando consegue gerar transformação social ao dar voz, vez e oportunidade para todos, sem distinções. Imparcialidade é uma utopia e pensa que o grande desafio do jornalismo é conviver com o fato de que a verdade é um ponto de vista.

“O jornalismo não é uma simples entrega, mas, sim, uma visão de mundo.”

Thaisa Bacco

Se inspirou para decidir qual caminho seguir? Então vou ser sua fonte anônima e dar um spoiler, ou melhor, uma informação privilegiada. Fique atento no corredor da comunicação, segunda-feira (10/04) você poderá exibir seu tão sonhado Crachá de Imprensa. Até lá e parabéns a todos os jornalistas e futuros jornalistas da Escola de Comunicação!

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