Mariane Pracânica, especial para o Portal Facopp
Colaborou: Larissa Oliveira
A Associação do Oeste Paulista de Síndrome de Down (AopDown), mais uma vez abraçou um projeto com a Facopp. Dessa vez, alguns jovens da instituição estão aprendendo a fotografar. A iniciativa é da estudante Larissa Oliveira, do 8º termo de Jornalismo, orientada pela professora Thaisa Bacco para um trabalho da disciplina de Comunicação e Educação. Nessa oficina, a estudante introduz os conceitos básicos sobre foto, apresenta a fotografia de retrato e técnicas de como produzi-las.
Com o tema “A Fotografia Educomunicativa como Ferramenta na Construção do Olhar de Pessoas com Síndrome de Down”, o projeto tem o objetivo desenvolver, executar e avaliar uma oficina de fotografia em uma associação sem fins lucrativos a fim de entender a sensibilidade do olhar de um grupo de pessoas com que possuem a alteração no cromossomo 21 (T21).
O grupo conta com a participação de seis jovens que são pacientes da AopDown. Larissa confessa que antes de executar o projeto, teve receio de não conseguir passar o conteúdo de uma maneira clara e objetiva, mas os alunos foram bem dedicados e receptivos com ela.
“Não tinha nada o que temer. Eles são muito inteligentes e absorvem bem o que falo. São muito carinhosos!” Ela ensina passo a passo cada um dos participantes, mostra para eles as técnicas de iluminação, enquadramento e foco. “Eles precisam ter exemplos de como fazer a foto. Não basta apenas falar, é necessário que eles já façam a prática”.
A oficina será dividida em quatro encontros. Na primeira aula foi ensinado a parte teórica com os conceitos de fotografia. Já no segundo dia será retomado o conteúdo e os jovens vão fotografar com auxílio da estudante. No terceiro encontro, eles farão os registros oficiais com os próprios celulares. Em seguida vão escolher as melhores imagens, dar nome e legenda. As fotos selecionadas farão parte de uma exposição na AopDown no último dia da oficina.
Larissa incentiva o grupo a trabalhar o olhar por meio da fotografia e conta como foi a experiência que teve logo no primeiro dia. “Eu percebi que quanto mais eu falava, mais eles ficavam interessados”. E diz que ficou muito orgulhosa já com o resultado do primeiro dia. “Trabalhar com esses jovens só reforça o que eu já sabia: eles são muito inteligentes e a única diferença mesmo é a oportunidade. Eu vejo que eles têm muita vontade de conhecer.”
A professora de pintura e artesanato, Rosângela Maria Xavier Silva acompanhou o primeiro dia da oficina junto aos alunos e disse que eles ficaram muito animados com a aula. Ela também avalia o projeto como algo positivo no desenvolvimento pessoal de cada participante. “É um ótimo incentivo para que os jovens com Síndrome de Down possam acreditar no potencial de cada um.”