O dia em que eu saí de casa: estudantes contam suas experiências morando em uma nova cidade

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João Pedro Bucchi e Alysson Fortaleza, especial para Escola de Comunicação
03/06/2022 às 11h30

A Unoeste recebe um grande fluxo diário de alunos que vem de outras cidades (Foto: João Pedro Bucchi) 

Deixar família, amigos, namorado ou namorada, o lugar onde cresceu, viveu bons e maus momentos é uma das decisões mais difíceis na vida, mas é inevitável. No mundo animal, quando os leões filhotes atingem certa idade, eles são expulsos do bando para seguir seus caminhos. Na vida humana há diferenças e semelhanças, quando, por exemplo, um jovem deixa a casa dos pais para morar em uma nova cidade, se aventurar e conhecer novas pessoas.

O namorado de Maria Eduarda, Matheus Azevedo, também é de Tupã e assim como ela estuda fora, no caso, na USP de Piracicaba. (Foto: Cedida/ Maria Eduarda Retek)

 

Esse é o caso da estudante de Marketing pela Escola de Comunicação e Mídias Digitais, Maria Eduarda Retek, de 17 anos, que nasceu e cresceu em Tupã, cidade do interior de São Paulo que fica a 115 quilômetros de Presidente Prudente. Em 2022, ela se mudou para a capital do Oeste Paulista para estudar na Unoeste.

“No começo foi muito difícil, eu não conhecia ninguém quando cheguei aqui. Ficar longe dos amigos e da família é muito complicado. Não conhecer nenhum lugar e nenhuma pessoa me fez entrar em pânico”, diz Maria Eduarda. 

Outra experiência vivida por Maria, foi ficar doente sem ter os pais ou algum amigo próximo por perto. “O sentimento foi de pânico, eu fui dormir e acordei muito doente, não conseguia fazer comida para mim e ninguém estava por perto para me ajudar. Eu só conseguia ir ao banheiro e chorar”, relata.

Porém, é como aquele ditado: “depois da tempestade, vem a calmaria”. Com Maria Eduarda não foi diferente. “Aos poucos estou me adaptando à cidade, conhecendo lugares, pessoas, são experiências novas, é uma oportunidade incrível. Vir para uma cidade que ninguém me conhece e não há um preconceito, isso é muito legal, pois querem saber mais sobre mim”, comenta.

Vira e mexe João Roberto volta para sua cidade para fazer algum programa com seus parentes. No dia 01 de abril  ele foi ao show da banda ‘Kiss’, com seu pai, seu tio e seu primo. (Foto: Cedida/ João Roberto Freitas)

Um outro caso é o de João Roberto Freitas, nascido e criado em Marília, que, aos 18 anos, decidiu deixar sua cidade e seus pais para ir cursar Jornalismo em Presidente Prudente. No entanto, devido à falta de alunos interessados no curso, João precisou escolher uma nova opção e ele optou por Publicidade e Propaganda.

“Eu queria fazer Jornalismo e como não tinha na minha cidade, eu já tinha minha avó aqui, facilitou demais a minha escolha. Minha mãe ficou com um aperto no coração, mas depois ficou tranquila porque sabia que por aqui eu também teria tudo que eu precisava”, relembra.

Não pense que por morar com a avó a vida de João Roberto em uma nova cidade não possui suas dificuldades. Ele relata que a locomoção e as novas responsabilidades são os principais desafios que ele precisa superar diariamente.

“A principal dificuldade, sem dúvida, é a locomoção aos lugares, porque como eu não tenho carteira [de motorista] ainda tenho que pegar muito Uber [aplicativo de transporte] ou pedir carona aos outros, enquanto quando estava em Marília meus pais me levavam. Também penso que morando com os pais a mordomia é bem maior. Você possui menos responsabilidades, fora a facilidade de estar com eles ali perto de você quando você precisa de algo”, comenta.

Mesmo ainda se adaptando à sua nova rotina, João Roberto diz que não vem encontrando dificuldades para conciliar seus estudos com seus compromissos.

“Enquanto estou só estudando, acho tranquilo conciliar [os estudos] com minha nova rotina do dia a dia, mas quando começar um estágio ou arrumar um emprego acho que sentirei bastante”, finaliza. 

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